Que pão é muito bom, todo mundo sabe... Ainda mais quentinho, saindo do forno... Então, você corta e passa aquela camada de uma boa manteiga... E se for acompanhado de uma boa xícara de café então.... Hummm... Para aproveitar o embalo, vamos conhecer mais um símbolo francês???
Foi no dia 26 Brumário do ano 2 da Revolução Francesa – que, no calendário gregoriano, corresponde a 15 de novembro de 1793 – que a Convenção aprovou um decreto tornando obrigatório o acesso de todo cidadão francês a um mesmo tipo de pão, denominado “pão igualdade”. Era instituída então a famosa baguette. O lançamento foi um fracasso. Em 1856, Napoleão III tentou reinstituir o pão longo e crocante, sem muito sucesso a mais.
Foi somente após a libertação dos nazistas, em 1944, que a baguete (inicialmente um fenômeno só parisiense) se generalizou em todos os cantos da França. No mundo inteiro, a baguete é um dos símbolos típicos da França e, particularmente, de Paris. Em pé de igualdade com o vinho, o queijo e a boina, a baguete ganhou fama apesar da imensa variedade de outros pães. A célebre foto de Willy Ronis do menino parisiense que corre levando debaixo do braço uma baguete maior do que ele (abaixo) tornou-se pôster e percorreu o mundo, como uma marca da Paris no pós-guerra.
Todavia, um exame cuidadoso das pinturas da época dos soldados do império ou dos uniformes que chegaram até nós mostram que, para o pão comprido, tal modo de transporte teria sido totalmente impraticável. A baguette teria incomodado o soldado durante suas longas marchas e o pão estaria provavelmente em mau estado nas paradas para descanso e alimentação. Outra teoria sugere que este estilo de pão – o “vienense”, cuja forma pode ser alongada mas oval, como o nosso “pão francês” – foi inventado em Viena e exportado para a França durante o século XIX, mais especificamente para a Boulangerie Viennoise (Padaria Vienense), fundada por Auguste Zang.
A baguete assumiria a aparência atual durante os anos 1920, porque o formato alongado exigia menos de tempo de preparação e cozimento que os pães tradicionais. Conta-se também que a baguete teria surgido em decorrência de uma lei que proibia os padeiros de trabalharem antes das 4h da manhã, o que não deixava tempo para preparar os pães redondos tradicionais. Um artigo escrito para o concurso “O Grande Prêmio da Baguete” afirma que ela foi inventada no ano da Revolução de Julho: “A baguette tradition, embora inventada em 1830, só foi oficialmente reconhecida em 1993 pelo famoso ‘decreto-pão’ do primeiro-ministro Édouard Balladur, que tinha por objetivo dar um novo estímulo às padarias artesanais submetida então à concorrência desleal das grandes fábricas de pão.
Texto - Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/1947/conteudo+opera.shtml
4 comentários:
OLá Márcio
Passando pra deixar um abraço e agradecer pelo Blog da Itália que foi muito útil na minha visita pela Toscana. Suas dicas foram boas. Pena que eu nao inverti o meu roteiro no dia que visitei Pisa. De fato, teria sido melhor madrugar lá. Na verdade eu nem ia, mas como era umas 4 horad a tarde eu ia não ia ficar mais em Lucca fui lá conferir a Torre. E o tempo fechou, uma chuva. Mas foi divertido assim mesmo. Aquela torre é legal até debaixo d'água.
Abraços e boa sorte na viagem à França!
Olá Jorge...
Fico muito feliz com sua viagem... Que bom que deu tudo certo e que o blog ajudou. Agradeço o elogio e a boa sorte em minha próxima viagem. Grande abraço.
Márcio
Agora a dica da baguete: Eu gosto muito dos pães do Paul. Nessa última viagem comprava pão todos os dias no Paul. Paul é uma das melhores boulangeries de Paris, centenária. Gosto de tudo que eles produzem. Hoje, quebrei meu recorde de comentários em blogs. mas passarei aqui sempre para dar uns pitacos. Assim como faço no Conexão Paris, onde tenho bons amigos.
Abraços
Olá Jorge...
Adorei sua visita e está sempre convidado a aparecer e dar dicas - o que são extremamente válidas - obrigado. Já está anotada a dica da Paul...
Grande abraço
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