Descrição: Blog criado para o planejamento da minha viagem para à França. Ele será dividido em quatro partes:

1) PESQUISAS: pesquisas sobre as cidades a serem visitadas - cultura, atrações turísticas, gastronomia, hospedagem...;

2) ROTEIRO FINAL: Roteiro detalhado dia-a-dia, com hospedagem, alimentação, atrações, previsão de gastos, ...;

3) PREPARATIVOS para a viagem;

4) RELATO DA VIAGEM: Relato dia-a-dia de todos os acontecimentos durante a viagem, dicas, informações, etc.

FASE ATUAL DO BLOG: 3) PREPARATIVOS.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Relatos de viagem - Elisa Bravo - BRAVISSÍMA - Parte 7

Bonjour, meus amigos...

Continuando o relato da Elisa Bravo, vamos acomopanhar um dia da sua viagem onde ela foi para Brugge-Bélgica, partindo de Paris. Uma sugestão de bate-e-volta bem interessante. Vamos lá?

DIA 7 - PARIS - BRUGGE - PARIS

Roteiro Sugerido:

COMO CHEGAR: Peguem o metrô (linha 4, direção Porte Clignancourt) e desçam na Gare Nord. Na estação, procurem o local de onde saem os trens internacionais da THALYS. Os bilhetes já deverão ter sido comprados antecipadamente.

Eu comprei os bilhetes 2 dias antes na Estação Montparnasse Bienvenue, numa grande loja da SNCF que fica no segundo piso (suba de escada rolante e vire à esquerda).

A passagem custou:

Ida (para 1 pessoa):
Paris – Bruxellas – 90 euros
Bruxellas – Brugge – 17,40 euros

Volta (para 1 pessoa):
Brugge-Bruxellas – 17,40 euros
Bruxellas – Paris – 66 euros

Eu peguei o trem em Paris às 8h25 e chegamos às 9h45 em Bruxellas. E peguei o trem de Bruxellas para Brugge às 10h05 e chegamos em Brugge às 11h02. Para pegar o trem na estação Gare du Nord, você tem que subir um andar, ele é no andar acima do metrô. É só seguir as placas “Grandes lignes”. Na estação de onde saem os trens tem um letreiro gigante luminoso com todos os números de trens que estão partindo e as plataformas. NÃO ESQUEÇA DE VALIDAR O SEU BILHETE de trem, tanto na ida quanto na volta (de Paris para Bruxellas e de Bruxellas para Paris; no trem de Bruxellas para Brugge não precisei validar), numa das máquinas amarelas que ficam na plataforma. São várias. Escolha uma delas e enfie o bilhete do trem onde tem o código de barras. Eles chamam isso de “composter” ou “compostage”. Isso é IMPORTANTÍSSIMO!!! Pois se você não fizer, quando o funcionário do trem passar e pedir seu bilhete, ele te aplicará uma multa que dizem que é de uns 100 euros e te dará um esporro na frente de todo mundo. Na viagem de trem para Bruxellas, um funcionário da empresa de trem passa verificando os bilhetes. Ele pede o bilhete, faz uma marcação e te entrega. O mesmo acontece no trem de Bruxellas para Brugge. Não sei te dizer como peguei o trem para Brugge, mas me lembro que assim que chegamos tinha um cartaz (que fica dentro de um vidro) com as plataformas dos trens. O Flavio olhou lá e eu o segui. O tempo foi meio apertado...

Existem duas opções para ir a Brugge (a estação de trem de Brugge é localizada perto do centro da cidade):

• Opção 1 - A primeira é comprar a passagem pelo trecho todo: Paris – Brugge – Paris (saibam que há uma parada em Bruxellas Midi onde você terá que trocar de trem). Da estação ferroviária parisiense Gare du Nord (Paris Nord) partem os trens vermelhos de alta velocidade Thalys que servem o norte da França, Holanda, Alemanha e Bélgica.

• Opção 2 - Da Gare du Nord partem os Thalys com uma média de duas saídas por hora para Bruxelas (Bruxelles-Midi), uma viagem que dura uma hora e vinte minutos. Na estação Bruxelles-Midi faz-se baldeação para embarque num trem regional em direção a Brugge, também com uma média de duas saídas por hora. Mas atenção, deve-se sempre optar por um trem regional com designação IC, inter city, bem mais rápido. Ele faz o percurso Bruxelas/Brugge em uma hora de viagem com apenas uma parada em Gent. Então, vocês podem comprar a passagem separadamente, ou seja, comprem Paris-Bruxellas e lá em Bruxellas comprem Bruxellas-Brugge (13 euros). Se comprarem separadamente, mostrem o ticket Paris-Bruxelas, pois, às vezes, eles dão descontos no trecho Bruxellas-Brugge. Há trens entre essas duas cidades de meia em meia hora.

Quando o trem regional deixar Bruxelas você vai reparar que progressivamente as informações em francês serão substituídas por palavras incompreensíveis em Neerlandês. No meio da viagem a estação Bruxelas-Midi passará a ser designada como Brussel-Zuid. Bruges, Brugge e a cidade de Gand passará a se chamar Gent. Quando você estiver no coração do Flanders e saltar na estação de Brugge, nada de francês. E não insista porque ninguém te responderá. Em Brugge, quando precisar se comunicar, fale sempre em inglês, nunca em francês. Utilizar a língua de Voltaire na região é considerado ofensa.

Em Brugge, a cidade velha não está longe da estação. Tem também meios de transporte perto da estação e tem um escritório de informações turísticas dentro da estação (quase na saída, do lado esquerdo) onde você pode comprar um mapa da cidade por 0,50 euros. Quase todo mundo que chega a Brugge para nessa Central de Informações. Então, não é difícil de achar.

Chegamos na estação, compramos o mapa, marcamos o que queríamos ver e fomos andando. Tudo é bem pertinho da Estação de trem e é um passeio gostoso. Quando chegamos estava muito frio e, logo depois, abriu o sol, mas o frio continuou.

O que vimos antes do almoço:

BEGINHOF: o lugar exala tranqüilidade. Não poderia ser por menos, já que é o pátio interno de um convento. Excelente para recuperar as energias depois de tanto perambular pelas ruas da cidade, de museu em museu, igreja em igreja. A igrejinha que há ali é simples mas bonitinha. Visita gratuita.

IGREJA DE NOSSA SENHORA (VIRGEM MARIA COM CRIANÇA, DE MICHELANGELO) OU ONZE LIEVE VROUWEKERK: A igreja de Nossa Senhora tem a sacada particular da família Gruuthuse. É outra igreja medieval-modificada típica da região dos Flandres. Possui a segunda maior torre de igreja da Bélgica, com 122 metros, e é de longe a torre mais alta da cidade. Mas a torre, em si, só pode ser vista de fora. Por dentro, a visita à igreja é de graça, mas paga-se para ver o museu, atrás do coro – €1,50 por pessoa muito bem investidos (não me lembro se o preço foi esse, mas me lembro que foi bem baratinho). Ali é possível ver os túmulos dos primeiros reis da região (os Duques de Burgundy) e, principalmente, a Madonna de Michelangelo – a única peça do artista existente nos Flandres. Saindo da Igreja fizemos um tour de barco. Lá são vários decks de onde partem os barcos. Nós pegamos um que era perto da Igreja de Nossa Senhora. Eu achei o passeio uma graça. Acho que paguei uns 11 euros (por pessoa) com duração de 30 minutos.

TOUR DE BARCO: Brugge é rodeada de canais, e um dos programas mais apreciados pelos visitantes é percorrer estas ruas aquáticas a bordo de barquinhos turísticos, navegando sob pontes e árvores, e apreciando de um angulo privilegiado suas construções históricas. O canal Minnewater tem a fama de dar sorte aos apaixonados que o percorrem, por isto diversos casais atiram moedinhas em suas águas. Há muitas companhias oferecendo roteiros pelos canais da cidade. Uma das mais tradicionais é a Lamme Goedzak. Para chegar lá pegue o ônibus 4 que sai da praça do mercado até o ponto de embarque, em Noorweegse Kaai. Outros pontos de saída dos barcos: Huidenvettersplein, Nieuwstraat, Wollestraat and Rozenhoedkaai.

PRÉDIO DA PREFEITURA (STHADUIS): O prédio da prefeitura, um dos mais antigos dentre os Países Baixos, é um dos pontos imperdíveis da cidade. Construído entre 1376 e 1420 em estilo gótico, é o prédio mais antigo da cidade, e abriga valiosos tesouros históricos. Um de seus aposentos mais famosos é a capela Heilige-Bloedbasiliek. Por cerca de 850 anos ela tem guardado um trecho de tecido marcado pelo sangue de Cristo. Conta-se que ele foi trazido para Brugge na ocasião das segundas Cruzadas, graças ás tropas de Dirk Van de Elzas, o duque de Flandres. Até hoje esta relíquia é guardada numa urna de cristal na capela desta prefeitura. O prédio fica na Markt Square. Ao lado da prefeitura situa-se o Palácio da Liberdade, construído a partir de 1727, prédio que abriga órgãos administrativos do município, mas tem parte de suas instalações abertas ao público em datas especiais.

CAPELA DO SANGUE SAGRADO (Heiligbloed Basiliek): fica em um canto da Burg Square, escondidinha, ao lado do Stadhuis. Sua entrada é feita pela Steeghere, uma fachada de onde sobe uma bonita escada, porque a capela fica no segundo andar. Não se paga para visitá-la, mas paga-se para ver a relíquia que ela abriga: um recipiente de cristal contendo, supostamente, o sangue de Cristo. As investigações indicam que o recipiente data do século XI e foi feito na região de Constantinopla. O recipiente, no entanto, nunca foi aberto. Para ver o sangue de cristo, tem um horário certo. Eu dei sorte porque eu nem sabia disso...eu cheguei lá e estava começando a cerimônia. Mas na porta da igreja tem os horários. A igreja nem parece igreja. Dá uma olhada nas minhas fotos (é a foto 76 que vem logo após a foto do restaurante, é um prédio cinza, no cantinho de uma praça). É uma pequena cerimônia onde as pessoas fazem uma fila ao lado do altar e um de cada vez sobe as escadas do altar para ver o sangue de Cristo. Você pode colocar dinheiro ao lado, numa caixinha, antes de ver o Sangue (se você quiser). Você pode tocar o recipiente de cristal, fazer seu agradecimento e sair. Isso tudo é rapidinho, mas vale a pena. Tem foto no link do Flavio no altar. Depois disso tudo, resolvemos ir almoçar. Escolhemos um restaurante que encontramos pelo caminho, perto da Capela do Sangue Sagrado, e tivemos a maior surpresa da viagem. Uma comida deliciosa e muito bem servida. Não me lembro exatamente o preço (acho que pagamos uns 12 ou 15 euros) e escolhemos uma sugestão que vinha a entrada, o prato principal e a sobremesa. O nome do restaurante é: “Pili, Pili” e fica na Rua Hoogstraat (tem foto da fachada do restaurante no link que te enviei, foto 75). Depois do almoçarmos, resolvemos continuar “batendo perna” e fomos para a praça principal onde fica o Campanário. O que vimos depois do almoço:

CAMPANÁRIO DE BRUGGES OU BELFRY: A torre medieval conhecida como Halletoren é a maior e mais importante construção de Brugge e é patrimônio da humanidade, e fica situada bem em frente à praça do mercado. Ela foi construída no século 13, tem 88 metros de altura e no seu topo possui um carrilhão com 47 sinos. Este ponto é o próprio coração da cidade, e serve como referência para todos os passeios em Brugge. Quem quiser subir os 366 degraus da torre vai desfrutar de uma vista completa de toda a cidade. A subida é feita em etapas, e as escadas são estreitas. Tem que rolar uma negociação entre quem sobe e quem desce em vários lances. Suba pouco antes do meio-dia e assista, lá de dentro do topo da torre, o badalar dos sinos marcando a hora máxima do dia. (bilhete: 5 euros). A praça onde fica o Campanário é uma graça. Eu não subi no campanário, pois não tive interesse.

O que não vimos:

Gruuthuse Museum: a casa de um mercador monopolista de trigo e cevada (matérias-primas para a indústria da cerveja) da região tornou-se um museu. Por ser monopolista de um artigo tão popular, dá para imaginar o grau de riqueza (e importância na região) que ele atingiu. Por isso, a casa dele é um espetáculo, tanto pela arquitetura quanto pelo acervo cultural que ele reuniu. Mas não é só isso que ele exibe: ele também é o museu arqueológico da cidade (desde 1898). A importância da família era tão grande que, aproveitando que a casa é geminada com a igreja de Nossa Senhora, a família construiu uma sacada particular para dentro da igreja, para assistir as missas sem precisar sair de casa.

Cervejaria De Halve Maan: a família dona da cervejaria produz desde 1856. Hoje, além de uma cervejaria, o local é um grande restaurante com um museu da cerveja – e não consta do rol de atrações coberta pelo passe vendido aos turistas. A cerveja, segundo a Fiona, é muito boa.

SINT JANSHUIS’MILL: é um moinho. É possível pagar e entrar nele para vê-lo por dentro.

SANT JOHN’S HOSPITAL: a construção não é mais um hospital, que foi desativado em 1978, depois de quase oito séculos de funcionamento ininterrupto (790 anos, para ser mais exato). O prédio hoje abriga o Memling’s Museum, o Museu do Hospital e também uma antiga farmácia. Uma visita bonita e não muito demorada, bastante interessante para se entender o que era um hospital medieval. Não suba as escadas porque não há nada em exposição no segundo andar.

Para comprar chocolate, vá até a rua Steenstraat para conhecer os chocolates caseiros da Venerande. Sua especialidade são as deliciosas trufas. Ou então vá mais adiante até a Godiva, e peça uma caixa de Noeuds de Bruges. Já a Sukerbuyc (rua Katelijnestraat) é famosa por seus marzipans em todos os formatos. A Chocoladehuisje é famosa por suas trufas de chocolate branco e preto e, por ultimo, não esqueça de levar para casa uma caixa daqueles deliciosos biscoitos típicos de Brugge, conhecidos como Dentelles de Bruges”. Evitem o Museu do Chocolate! Loja de Chocolate: Spegelaere (Ezelstraat, 92). Segunda-feira não abre.

Acabamos tudo o que queríamos ver umas 17h. Chegamos na estação de trem e perguntamos se podíamos alterar nossa volta. Eles disseram que poderíamos entrar em qualquer trem para Bruxellas com o mesmo bilhete. E foi o que fizemos e não tivemos problema nenhum. Entramos no primeiro trem que estava saindo e fomos para Bruxellas. Lá em Bruxellas perguntamos se poderíamos alterar nossa passagem para Paris. Nós até poderíamos, mas teríamos que pagar 70 euros por pessoa. Então, nós desistimos e ficamos na estação até a hora do trem de volta para Paris. Na estação tem cafeterias e também tem uma loja da Godiva. Foi o único chocolate que comprei (duas barras).

BRUGGE

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